Lembranças

Memórias São Como Águas Contidas Numa Represa. Um Acúmulo Dos Fragmentos Da Vida Que Fazem De Nós Quem Somos. Alguns Veios Dessas Águas Perpassam A Barreira De Contenção E Seguem No Fluxo Da Calmaria Do Inconsciente, Onde Se Disfarçam De Esquecimento. E As Águas Que Permanecem Ali, Visíveis Ao Olhar Das Recordações, São As Mesmas Que Sustentam Nossa Individualidade. Mas, Assim Como As Águas Represadas Não Surgem Imensas, Ao Contrário, Se Iniciam Em Pequenas Nascentes Cristalinas Em Altas Serras Cercadas De Verde, E Ganham Força A Cada Afluente, Cada Braço Pelo Caminho, Nossas Memórias Se Unem A Outras Tantas E Formam O Sem Fim Da Nossa Existência. A Antologia Lembranças É Um Rio De Vários Afluentes. De Trechos De Corredeiras E Calmarias E De Quedas D Água Que Se Vertem Na Vastidão De Sentimentos Que O Leitor Encontrará A Cada Página. Cada Poesia É A Cabeceira D Água Da Alma De Seu Autor, Que Se Une Agora À Nascente Das Lembranças De Cada Leitor, Tornando-Se Parte Da Represa Que Comporta Os Pequenos Veios D’Água, Que Agora, De Tão Imensos, Transbordam…